Vivendo com Livros

Um blog voltado especificamente para os livros, meus e de outros autores. Nele pretendo colocar materiais relativos a meus livros, resenhas de livros publicados, notas de leitura e informações gerais relativas ao mundo dos livros. Podem também figurar aqui reflexões pessoais sobre esses transparentes objetos de prazer intelectual.

quarta-feira, julho 29, 2009

42) Livro sobre a atividade de Inteligencia

Atividade de Inteligência

Será lançado no próximo dia 19 de agosto, às 18h30, na Biblioteca do Senado Federal, o livro “Atividade de Inteligência e Legislação Correlata”, do professor e consultor legislativo Joanisval Brito Gonçalves.
Editado pela Impetus, a publicação é parte da série “Inteligência, Segurança e Direito”.

Entende-se por inteligência, de acordo com o art. 2o da Lei nº 9.883, que criou a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), “a atividade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos, dentro e fora do território nacional, sobre fatos e situações de imediata ou potencial influência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado”.

A obra pretende discutir o que vem a ser realmente inteligência. É o mesmo que espionagem? Então, o que vem a ser espionagem? Há outros tipos de inteligência além daquela realizada por espiões? E informações, é a mesma coisa? Qual o objetivo da inteligência? A quem ela serve ou deve servir? E a contrainteligência?

Essas são algumas das perguntas que o autor se propõe responder.

De acordo com a editora, a função precípua do livro é remover alguns véus sobre essa atividade tão misteriosa.

O objetivo é apresentar os aspectos básicos da inteligência, como seu conceito – ou as diversas maneiras como é conceituada –, suas funções, as várias modalidades de inteligência, os meios de obtenção de dados, o processo de produção de conhecimento, e os princípios que a norteiam.

Também é apresentada a legislação brasileira sobre atividade de inteligência, a qual, de forma pioneira, é comentada.

O autor apresenta fundamentos teóricos sobre a inteligência (conceitos, escopo, classificações, funções e fontes), e complementa a obra, com comentários sobre a principal legislação que rege o Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN).

A obra conta com prefácio do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, General-de-Exército Jorge Armando Felix.

Joanisval Brito Gonçalves foi oficial de inteligência (então denominado analista de informações) da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e, atualmente, é consultor legislativo do Senado.

Entre outras atividades, atua no assessoramento da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional.

É doutor em Relações Internacionais, pela Universidade de Brasília (UnB), professor universitário e integrante de diversas associações internacionais e brasileiras no campo da inteligência.

terça-feira, julho 28, 2009

41) O Brasil e o GATT, Rogerio de Souza Farias

Tendo feito parte da banca de mestrado que aprovou a dissertação do Rogerio, só posso recomendar o livro que dela resultou.

O Brasil e o GATT - (1973-1993) - Unidades Decisórias e Política Externa
Rogério de Souza Farias
Curitiba: Juruá Editora, 2009, 218 pgs.
Coleção Relações Internacionais
ISBN: 978853622546-3

Indice:
Capítulo 1
O(S) PROCESSO(S) DECISÓRIO(S) DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NO GATT
• Unidade Decisória
• Único ou Múltiplos Atores?
• Especialização Funcional em Grupos Decisórios
• Divisão de Tarefas e Constrangimentos ao Itamaraty
• Negociações no GATT – Impactos no Processo Decisório Doméstico
• Intensidade Percepcional, Contexto e Fatores Domésticos
• Tipologias de Processo Decisório

Capítulo 2
A DIPLOMACIA DA DERROGAÇÃO OU A ARTE DA EXCLUSÃO
• Negociações Tarifárias no GATT
• Renegociação do Waiver e Rodada Tóquio
• Rodada Uruguai

Capítulo 3
OS LIMITES DA PROMOÇÃO COMERCIAL
• Um Modelo Complementar: a Dependência Competitiva das Exportações
• A Formulação da Posição Externa Brasileira no Contencioso dos Subsídios
• Tentativas de Controle do Poder de Coordenação

Capítulo 4
O BRASIL E AS NEGOCIAÇÕES AGRÍCOLAS DA RODADA URUGUAI
• Um Panorama da Posição Brasileira nas Negociações Agrícolas da Rodada Uruguai
• Modelo de Desenvolvimento Econômico

CURRÍCULO DO AUTOR
Rogério de Souza Farias é Bacharel e Mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB); instituição onde desenvolve os seus estudos de doutoramento, com tese sobre o Brasil e o sistema multilateral de comércio. É autor de artigos sobre a ação brasileira do Brasil em foros multilaterais publicados no Brasil e no exterior. É colaborador do Boletim Meridiano 47 e de Mundorama – Iniciativa de Divulgação Científica em Relações Internacionais da Universidade de Brasília, e membro do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre as Relações Internacionais do Brasil Contemporâneo do Instituto de Relações Internacionais da UnB. É Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, atualmente lotado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Coleção Relações Internacionais
A expansão do ensino de relações internacionais, nos níveis de graduação e pós-graduação, tem sido exponencial nos últimos anos.
A Coleção Relações Internacionais, lançamento da Juruá Editora, tem o propósito de prover estudantes, professores e profissionais da área com o conhecimento que resulta da expansão das pesquisas nas Universidades brasileiras.
O apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq, por meio do projeto integrado de pesquisa “Parcerias Estratégicas do Brasil: a construção do conceito e as experiências em curso”, financiado com recursos do Edital Renato Archer de fomento do estudo das relações internacionais e sediado na Universidade de Brasília, encontra-se na origem dessa iniciativa.
A Coleção Relações Internacionais reúne estudos originais resultantes de dissertações e teses selecionadas, em razão de sua originalidade e relevância, nas Universidades que mantêm programas de pós-graduação, bem como obras coletivas ou individuais especialmente focadas nas parcerias operadas pelo Brasil junto a países europeus e emergentes, objetos a que se volta o Renato Archer da UnB.
Em razão do elevado número de lançamentos que a Coleção programou, pretende ser ela instrumento indispensável a todos os que manuseiam o conhecimento atualizado das relações internacionais, seja com o propósito acadêmico, seja com o fim de tomar decisões nas esferas política e social, pública e privada, que engendram o modelo brasileiro de inserção internacional e sua dinâmica operacional.
O espírito que norteia as publicações da Coleção coincide com o espírito de isenção, objetividade, clareza e funcionalidade que preside os estudos nas Universidades. Desse modo, põe-se o conhecimento a serviço dos atores que dele fazem uso para equipar-se de expertise com que possam alcançar interesses externos da nação ou de seus segmentos sociais, bem como reagir e equilibrar-se diante de interesses que outros países buscam realizar no Brasil.


Outros livros na mesma coleção:
As Relações Entre o Brasil e a América Central – Um século de afinidades eletivas, solidariedade e convergência (1906-2010), de Carlos Federico Domínguez Ávila
Relações Brasil-Argentina – A Construção do Entendimento (1958-1986) , de Carlos Eduardo Vidigal
O Horizonte Regional do Brasil – Integração e Construção da América do Sul, de Leandro Freitas Couto
O Pragmatismo do Petróleo – As Relações entre o Brasil e o Iraque , de Seme Taleb Fares
Opinião Pública e Política Exterior do Brasil – 1961-1964 , de Tânia Maria Pechir Gomes Manzur
O Universalismo e os Seus Descontentes – A Política Exterior do Brasil no Governo Figueiredo (de 1979 a 1985), de Túlio Sérgio Henriques Ferreira

Informações adicionais sobre a Coleção podem ser obtidas neste link.

quarta-feira, julho 22, 2009

40) Fim da Guerra: livro em frances de Thierry Garcin


Acaba de sair a segunda edição deste livro essencial para se compreender as consequências geopolíticas do final da Guerra Fria: Les Grandes Questions Internationales depuis la Chute du Mur de Berlin (Paris: Economica, 2009, 512 p.).
Seu autor, Thierry Garcin, jornalista na Radio France Internationale, é doutor em Ciências Políticas pel Universidade de Paris (Sorbonne-Paris I), pesquisador associado em Paris-V e na Universidade do Québec em Montreal (UQAM) e é professor em Paris-I, Paris-III e no Centre d'Etudes Diplomatiques et Stratégiques (CEDS), ademais de conferencista em diversas instituições de ensino, entre elas a prestigiosa Sciences-Po.

Sommaire
INTRODUCTION

Première partie
LES BOULEVERSEMENTS INTERNATIONAUX DE 1989-1991
ET LEURS CONSÉQUENCES
A) La chute des régimes communistes à l’Est
B) L’unification de l’Allemagne
C) La mort de l’Union soviétique et la renaissance de la Russie
D) Le conflit du Golfe

Deuxième partie
LES ÉTATS-UNIS, UNIQUE SUPERPUISSANCE
A) Les attributs classiques de la puissance
B) Une superpuissance renouvelée puis déconsidérée
C) Les mandats Clinton en politique étrangère
D) Les mandats Bush fils en politique étrangère
E) La nouvelle ère Obama

Troisième partie
LES GRANDS FACTEURS DE DÉSTABILISATION
A) La multiplication des conflits identitaires
B) Le désordre institutionnel
C) Les revendications religieuses dans les luttes politiques
D) Migrations et mouvements de population

Quatrième partie
LES TENTATIVES DE RECOMPOSITION RÉGIONALE
A) La fragilité des processus de paix
B) Le renforcement des intégrations économiques
C) De nouvelles puissances émergentes
D) Les aléas de l’Union européenne

Cinquième partie
LA DÉFENSE DANS LES RAPPORTS DE FORCE INTERNATIONAUX
A) Les conséquences de la fin des rapports Est-Ouest
B) Les organisations de défense occidentales
C) La multiplication des actions extérieures

Sixième partie
LE RÔLE DES ORGANISATIONS INTERNATIONALES
A) La réactivation et les faiblesses des Nations unies (ONU)
B) Les organisations régionales : le cas de l’Afrique

Septième partie
BALKANISATION VERSUS MONDIALISATION
A) Les conséquences politiques de la balkanisation
B) Les conséquences politiques de la mondialisation

CONCLUSION

Preço: 33 euros
E-mail: infos@economica.fr

quinta-feira, julho 02, 2009

39) Kindle, nao um livro, mas um leitor de livros...

The Kindle DX: Bigger, but With a Lot of Footnotes
By DAVID POGUE
The New York Times Circuits, July 2, 2009

From a reviewer's perspective, the Amazon Kindle is one of the weirdest, most polarizing gadgets ever to come down the pike. I mean, people who love it, love it. People who don't get it, *really* don't get it.

If you weren't thrilled by the regular Kindle, then the new, supersized Kindle DX isn't going to change your mind.

The Kindle is, of course, the world's most popular electronic book reader. As a wise man once wrote: "A couple of factors made the Kindle a modest hit when it debuted in November 2007. First, it incorporated a screen made by E-Ink that looks amazingly close to ink on paper. Unlike a laptop or an iPhone, the screen is not illuminated, so there's no glare, no eyestrain -- and no battery consumption. You use power only when you actually turn the page, causing millions of black particles to realign.

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"The other Kindle breakthrough was its wireless connection. Thanks to Sprint's cellular Internet service, the Kindle is always online: indoors, outdoors, miles from the nearest Wi-Fi hot spot. This sort of service costs $60 a month for laptops, but Amazon pays the Kindle's wireless bill, in hopes that you'll buy e-books spontaneously."

(All right, it wasn't some wise man; *I* wrote all that.)

A new Kindle came in February, called the Kindle 2, featuring a few small enhancements: "The new, square plastic joystick is homely and stiff, but it gets the job done. Turning pages on the Kindle is a tad faster now. The screen shows 16 shades of gray now, not four, so photos look sharper; you can also zoom in and rotate them.

"The Kindle will also read aloud to you through its tiny stereo speakers or headphone jack, and even turn the pages as it goes. The Kindle's male and female voices are very good, but nobody will mistake them for the voices of humans, let alone the professionals who record audiobooks.

"The Kindle catalog is bigger, too; 230,000 books are available [UPDATE: now 300,000]. New York Times bestsellers are $10 each, which is less than the hardcover editions. Older books run $3 to $6. That said, Amazon is still a long way from its 'any book, any time' goal...You can have any of 30 newspapers, including this one, wirelessly beamed to your Kindle each morning ($10 to $14 a month) -- minus ads, comics and crosswords. Magazines (22 so far, $1.50 to $3 monthly) and blogs ($2 a month) can arrive automatically, too. Finally, you can send Word, text, PDF and JPEG documents to the Kindle using its private e-mail address for 10 cents each. Or transfer them over a USB cable for nothing."

The Kindle DX is pretty much the same thing--just bigger. It's about 8 by 10.5 inches (the regular Kindle is 5.3 by 8), with a screen that's 9.7 inches diagonal (versus 6), about the size of a paperback book. (The DX also weighs twice as much.)

The larger screen size was developed in anticipation of what could be e-books' killer apps: textbooks and newspapers. All those graphics, diagrams and formatting elements will do a heck of a lot better on this decently sized screen. But even regular books and documents are more pleasant to read on the DX, since you can read over twice as much before you have to turn the page.

There are a couple of other tiny enhancements. For example, there's a tilt sensor inside, like the iPhone's, so when you rotate the DX 90 degrees, the text of your book rotates, too, creating a widescreen effect.

In fact, you can even turn the thing upside-down, and the text dutifully flips to remain upright. On the DX, the Next Page button is on the right side only (on the regular Kindle, there's one on each margin). That's a bummer for lefties and even righties who like to read as they walk along, carrying the Kindle in the left hand and hitting Next Page with their thumbs. Now, turning the DX upside-down is the only way to put Next Page near your left thumb (although, of course, now all the button names are upside-down, too).

I'm a little baffled by the auto-rotate feature, actually. As any reading expert can tell you, reading is much more comfortable and efficient when the columns are narrow--that's why newspapers use columns. So making the text, and your eye, slog across the entire landscape-orientation, double-wide screen is certainly not an improvement.

The rotating feature must be intended to handle PDF documents, which the DX now opens without your having to convert them. Since you can't zoom into or scroll PDFs, rotating 90 degrees is the only way you have to magnify them, if only slightly. But in that infrequent case, a menu option or button would have done the trick. As it is now, the text flops 90 degrees accidentally far too easily--as you set the Kindle down on something, for example.

The DX also holds more books than the regular Kindle: 3,500 instead of 1,500. That oughta do it.

The other element is the price: $490. Yikes. Once the e-textbook era dawns, those long-suffering student vertebrae might find that a bargain. But in the meantime, well, jeez. You can get a 37-inch LCD hi-def TV for that kind of money.

So--like I say: polarizing. The Kindle DX offers a wildly successful, immersive, satisfying, portable reading experience. There are, however, an awful lot of footnotes.

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38) Mercado de Armas dos EUA

A indústria de armas jamais perde um tiro
Financial Times, 02/07/2009

Lethal Logic: Exploding the Myths that Paralyze American Gun Policy
Dennis A. Henigan.
Potomac Books, 256 páginas

Não se deixe enganar pelo título. "Lethal Logic" soa como uma polêmica antiarmamentista, o mais novo disparo na batalha sem fim sobre o direito dos americanos de andarem armados. Em parte é, mas o livro oferece muito mais. Analisado sob a perspectiva de negócios, disseca o gênio de marketing de uma indústria que movimenta mercadorias apesar de seu mercado estar saturado e do amplo apoio a restrições mais duras sobre as vendas de seus produtos. Qualquer pessoa interessada em fabricação, vendas a varejo, ou na interação da cultura, psicologia e comércio, pode aprender lições valiosas aqui.

Enquanto a maior parte das empresas luta contra a recessão, fabricantes e comerciantes de armas continuam a acumular bons resultados. "Lethal Logic" explica: a indústria de armas descobriu, há décadas, como capitalizar sobre a adversidade.

Veja as condições atuais. O país elegeu um democrata liberal para a Casa Branca e colocou seu partido no comando do Congresso. O aumento do controle de armas pareceria o resultado provável dessa mudança em relação aos oito anos que os Republicanos passaram no poder. Uma série de incidentes com armas nesta primavera americana - incluindo os assassinatos de um médico que praticava abortos em Wichita e de um guarda do Holocaust Memorial Museum em Washington - vem revigorando o apoio perene e disseminado a restrições às armas de fogo. Em pesquisas, a grande maioria das pessoas consultadas, por exemplo, afirmam ser a favor de maior supervisão das feiras de armas, onde marginais e malucos podem se armar sem passar por uma análise de seus antecedentes criminais.

Mas, em vez de desencorajar o comércio de armas, esse clima desencadeou um frenesi de compras. Fabricantes como Smith & Wesson e Sturm Ruger vêm divulgando crescimento de dois dígitos nas vendas. Os comerciantes afirmam que não conseguem manter as prateleiras cheias. O principal motivo da corrida para o aumento dos arsenais domésticos é que, sempre que o setor percebe uma ameaça de maior regulamentação, convence os clientes de longa data a comprarem mais uma arma - só para se prevenir.

"Acreditamos que o governo Obama tentará tornar as leis sobre armas mais restritivas neste país", disse à Reuters um porta-voz da National Rifle Association (NRA). Em uma reação em cadeia, os comerciantes de armas repetem a mensagem. "Trata-se de medo, ansiedade e 'pegue-os enquanto você pode'", disse ao jornal "The Patriot Ledger" o proprietário da M&M Plimouth Bay Outfitter, uma loja de armas de Plymouth, Massachusetts. Fuzis AR-15 e outros rifles de estilo militar vêm sendo as peças mais vendidas pela M&M.

Conforme observa Dennis Henigan, autor de "Lethal Logic" e defensor de longa data do controle de armas, que faz parte do Brady Center to Prevent Gun Violence, o impacto de Obama é a história se repetindo. Antes de o presidente Bill Clinton sancionar em 1994 a legislação que restringiu a comercialização de rifles como o AR-15, as vendas das "armas de assalto" dispararam. Depois, os fabricantes de armas fazem mudanças cosméticas em seus rifles de assalto e os continuam vendendo.

Henigan explica que uma série de slogans - que ele chama de "lógica do adesivo de para-choque" vêm estimulando as vendas de armas ao longo dos anos. Um simples indício de uma maior regulamentação produz alertas da NRA para "o caminho perigoso em direção a mais restrições draconianas às armas e, em última instância, em direção ao confisco de todas as armas", observa Henigan. Eis como o presidente da NRA, Wayne LaPierre, classifica os períodos de espera antes de os compradores receberem suas armas: "Algumas pessoas chamam de 'o nariz do camelo entrando na tenda'; eu chamo de 'pé na porta', mas independentemente do que você diga, dá na mesma - é o primeiro passo."

Outros clássicos do repertório da indústria das armas: "Uma sociedade armada é uma sociedade educada", "Quando as armas forem consideradas fora-da-lei, apenas os fora-da-lei andarão armados", e a mãe de todos, "As armas não matam pessoas; pessoas matam pessoas".

Henigan demonstra como o negócio de armas emprega essas mensagens, junto com ativismo, para manter os políticos na linha. Se você subtrai o conteúdo ideológico, essas frases de efeito podem ser vistas como uma inspirada campanha de marketing.

Um dos atributos mais impressionantes da indústria de armas de fogo é que ela sempre pode vender novos produtos. Os americanos já possuem mais de 200 milhões de armas, que durariam gerações se mantidas de maneira correta. Mesmo assim, os donos de armas estão comprando armas substitutas, muito embora o governo Obama até agora tenha desapontado os defensores do controle de armas ao evitar a questão.

Sejam quais forem seus pontos de vista sobre armas, a relação delas com o crime e o significado da Segunda Emenda da Constituição americana, "Lethal Logic" tem algo importante a ensinar: uma mensagem consistente e apaixonada cultiva a lealdade do cliente.