23) Francisco Rogido: um escritor de qualidade...
Francisco Rogido trabalha na Biblioteca do Congresso-EUA. Já teve contos publicados em algumas revistas literárias, dentre elas na Revista Cult. No momento, está concluindo seu primeiro livro de micro-contos de título provisório “O Inferno é Aqui”.
Alimenta um blog, chamado "Ilusão da Semelhança" (Contentemo-nos com a ilusão da semelhança, porém, em verdade lhe digo, que o interesse da vida onde sempre esteve foi nas diferenças), no qual coloca suas leituras e observações sobre o mundo como ele é (como diria Nelson Rodrigues).
Abaixo uma amostra de um dos seus muitos mini-contos:
Sem ar
Nos olhos do rosto aquilino, olheiras de um bistre ligeiro, pesavam as horas da noite. Ao dormir, Judith, sonhada por Claudina, sonhou com uma melodia de Bártok. Quando chegara à terceira, das sete portas misteriosas, foi perdendo os sentidos ao dar-se conta de que seus dentes caiam pobres e mal cheirosos no chão. Ao levar suas mãos à boca, num misto de pavor e incoerência, não dá falta deles. Mas de pronto um novo choque. Judith ( ou seria Claudina? ) percebe que as jóias da recamara estavam manchadas de sangue desconfiando já quase sem forças que não chegaria a despertar mesmo que Vieira de Castro afrouxasse suas mãos e a deixasse respirar.
Visite o blog Ilusão da semelhança.
Alimenta um blog, chamado "Ilusão da Semelhança" (Contentemo-nos com a ilusão da semelhança, porém, em verdade lhe digo, que o interesse da vida onde sempre esteve foi nas diferenças), no qual coloca suas leituras e observações sobre o mundo como ele é (como diria Nelson Rodrigues).
Abaixo uma amostra de um dos seus muitos mini-contos:
Sem ar
Nos olhos do rosto aquilino, olheiras de um bistre ligeiro, pesavam as horas da noite. Ao dormir, Judith, sonhada por Claudina, sonhou com uma melodia de Bártok. Quando chegara à terceira, das sete portas misteriosas, foi perdendo os sentidos ao dar-se conta de que seus dentes caiam pobres e mal cheirosos no chão. Ao levar suas mãos à boca, num misto de pavor e incoerência, não dá falta deles. Mas de pronto um novo choque. Judith ( ou seria Claudina? ) percebe que as jóias da recamara estavam manchadas de sangue desconfiando já quase sem forças que não chegaria a despertar mesmo que Vieira de Castro afrouxasse suas mãos e a deixasse respirar.
Visite o blog Ilusão da semelhança.