13) Stefan Zweig, quase entre nos...
Estou lendo a excelente biografia de Stefan Zweig por Alberto Dines: Morte no Paraíso: a tragédia de Stefan Zweig (3a. ed.; Rio de Janeiro, Rocco, 2004), sobre a qual pretendo escrever assim que terminar sua leitura, prazeirosíssima para todos aqueles que apreciam a alta cultura.
O Autor me escreveu a propósito de um museu que está sendo formado na antiga casa onde Zweig passou seus últimos meses no Brasil, e onde se suicidou, em Petrópolis, dedicado à literatura do exílio (que já virou gênero literário).
Transcrevo aqui uma mensagem dele em 12 de abril de 2007, em resposta a cumprimentos que lhe fiz pela excelência de sua pesquisa biográfica:
"Paulo Roberto, meu caro, vou pedir à minha secretária para scanear a foto da edição alemã onde estou assinalado [PRA: um garoto de oito anos, na escola udaica do Rio de Janeiro]. Existe sim uma Sociedade Internacional Stefan Zweig com sede em Salzburg, Áustria. Mas são, com o perdão da palavra, uns babacas. Morrem de ciúmes, ficaram despeitadíssimos quando souberam que conseguimos comprar a casa onde Zweig viveu em Petrópolis para lá fazer um pequeno museu. Um ano depois, criaram uma entidade parecida mas com uma diferença -- a casa onde Zweig morou em Salzburg continua propriedade privada, onde moram os descendentes daqueles que a compraram em 1936/7. O meu livro foi generosamente recebido na Alemanha, na Áustria não saiu uma única resenha.
O nosso pequeno museu (cujas obras começarão dentro de um par de meses) pretende abarcar o que hoje se chama de Exilliteratur (a literatura do exílio, hoje uma disciplina acadêmica). Vieram para o Brasil muitos artistas, intelectuais, cientistas. Pretendemos recolher material sobre eles (alguns estão mencionados no meu livro). Será um Museu do Exílio favorecido pelo fato de localizar-se na rua Gonçalves Dias.
A zweiguiana internacional está sendo trabalhada há, pelo menos, duas décadas por um germanista americano da Universidade de Notre Dame (Randolph Klawiter, a quem menciono profusamente). Ela já editou o primeiro volume com quase mil páginas, depois saiu um Adendo com 800 e agora está envolvido na preparação do segundo adendo. Um louco, procuro ajudá-lo.
A "Casa Stefan Zweig" de Petrópolis terá um site (que já está sendo montado) onde pretendemos oferecer uma cronologia da sua vida, das principais obras, perfil biográfico, fotos, etc.etc.
Abração
Dines"
O Autor me escreveu a propósito de um museu que está sendo formado na antiga casa onde Zweig passou seus últimos meses no Brasil, e onde se suicidou, em Petrópolis, dedicado à literatura do exílio (que já virou gênero literário).
Transcrevo aqui uma mensagem dele em 12 de abril de 2007, em resposta a cumprimentos que lhe fiz pela excelência de sua pesquisa biográfica:
"Paulo Roberto, meu caro, vou pedir à minha secretária para scanear a foto da edição alemã onde estou assinalado [PRA: um garoto de oito anos, na escola udaica do Rio de Janeiro]. Existe sim uma Sociedade Internacional Stefan Zweig com sede em Salzburg, Áustria. Mas são, com o perdão da palavra, uns babacas. Morrem de ciúmes, ficaram despeitadíssimos quando souberam que conseguimos comprar a casa onde Zweig viveu em Petrópolis para lá fazer um pequeno museu. Um ano depois, criaram uma entidade parecida mas com uma diferença -- a casa onde Zweig morou em Salzburg continua propriedade privada, onde moram os descendentes daqueles que a compraram em 1936/7. O meu livro foi generosamente recebido na Alemanha, na Áustria não saiu uma única resenha.
O nosso pequeno museu (cujas obras começarão dentro de um par de meses) pretende abarcar o que hoje se chama de Exilliteratur (a literatura do exílio, hoje uma disciplina acadêmica). Vieram para o Brasil muitos artistas, intelectuais, cientistas. Pretendemos recolher material sobre eles (alguns estão mencionados no meu livro). Será um Museu do Exílio favorecido pelo fato de localizar-se na rua Gonçalves Dias.
A zweiguiana internacional está sendo trabalhada há, pelo menos, duas décadas por um germanista americano da Universidade de Notre Dame (Randolph Klawiter, a quem menciono profusamente). Ela já editou o primeiro volume com quase mil páginas, depois saiu um Adendo com 800 e agora está envolvido na preparação do segundo adendo. Um louco, procuro ajudá-lo.
A "Casa Stefan Zweig" de Petrópolis terá um site (que já está sendo montado) onde pretendemos oferecer uma cronologia da sua vida, das principais obras, perfil biográfico, fotos, etc.etc.
Abração
Dines"